• Estou usando (2024)

    Esse texto faz parte da série “Estou usando”, iniciada em 2023, que tem como objetivo falar um pouco sobre os equipamentos e aplicativos que utilizo. Escolhi falar sobre isso aqui no blog justamente pelo fato de que a mudança desses fatores dita bastante sobre os outros textos publicados, já que muitos são justamente baseados nas minhas vivências e rotinas.

    Vou comentar apenas as coisas que mudaram desde o texto do ano passado para não ficar muito repetitivo.

    Computador

    Imagem da minha mesa com meu notebook, monitor, teclado e mouse

    Com relação ao equipamento em si não tive muitas mudanças, apenas na organização da mesa que ganhou mais um suporte articulado para elevar a posição do notebook.

    Comprei uma caixinha Bluetooth (Philco GO), em alguma promoção, que é só um pouquinho mais alta que a do notebook e quebra o galho quando canso de ficar com o fone de ouvido.

    Aproveitei que consegui vender o Desktop que estava encostado aqui sem uso e aproveitei o orçamento para dar essa organizada no que realmente estava sendo usado.

    Sigo firme e forte com o Pop!OS sendo meu sistema operacional e sem nenhum problema que me faça pensar em migrar para outra opção. Inclusive durante o ano passado testei alguns jogos da Epic Store/Steam e fiquei bastante surpreso em como foi tranquilo fazer eles funcionarem.

    Tive mudanças no computador do trabalho, mas nada muito relevante. Continua sendo um Windows, mas agora com monitores bem maiores.

    Principais programas e utilitários:

    • Espanso: É um expansor de texto que comecei a utilizar tanto no trabalho quanto em casa e que tem facilitado muito minha vida. Ele permite fazer coisas do tipo: no lugar de digitar a data de hoje posso digitar apenas ;data e ele automaticamente preenche com o termo configurado (neste caso, seria a data em formato dd/MM/yyyy).
    • Obsidian: É um programa para anotações que acabou tomando o lugar do Evernote na minha rotina. Falarei mais sobre essa troca ainda nesta postagem.

    Smartphone

    Com relação ao Smartphone não tive nenhuma mudança relevante. Sigo com o mesmo aparelho, mesmos aplicativos, não mudei nem o papel de parede.

    Apenas a substituição do Evernote para o Obsidian, já citada acima, que acarretou na utilização do Syncthing para manter a sincronia entre os equipamentos.

    Serviços

    Imagem da tampa do meu notebook cheia de adesivos. Muitos deles são de gatos.

    As mudanças que mais impactaram minha rotina nesse último ano foram:

    Mudança do Evernote para o Obsidian

    A queda do elefante

    No texto anterior comentei que era usuário de longa data do Evernote (desde 2010). Nos últimos anos o serviço deles estava um pouco estagnado até que resolveram fazer uma grande reformulação que acabou gerando vários atritos de curto prazo (bugs e perda de algumas funcionalidades) em prol de um futuro melhor.

    Abracei essa história, mantive minha assinatura, mudei minha rotina (até porque o aplicativo Android estava bem ruim de usar) e fiquei apenas aguardando os tempos melhores chegarem. Foi justamente nesse ponto que anunciaram que foram comprados por outra empresa, o que já me deixou de orelha em pé e de olho em alternativas.

    A Bending Spoons chegou parecendo querer realmente melhorar as coisas com várias melhorias internas, a principal foi a edição em tempo real entre os aplicativos e a versão web (parecido com o Google Docs), a melhoria de performance dos aplicativos e aproveitando a moda colocou uns recursos com Inteligência Artificial.

    Mas antes que eu pudesse respirar aliviado veio o grande problema. Anunciaram o aumento enorme do preço das mensalidades (o meu passaria de R$ 80 anuais para R$ 265) justificando que era devido às várias melhorias implementadas ao longo dos anos sem um aumento do valor cobrado. Aparentemente eles esqueceram todos os problemas que acabamos tendo que enfrentar também, mantendo a assinatura e aguardando as coisas pelo menos estabilizarem.

    Com o aumento, já estava certo que precisaria partir para outro lugar com minhas notas, mas esperava poder usar o Evernote para manter um arquivo do que já estava armazenado nele. Afinal sempre tiveram um bom plano gratuito, que embora não tenha todos os recursos que preciso para organizar minha vida, era mais que o suficiente para usar apenas como um arquivo de pesquisa.

    Meu primeiro mês no plano gratuito foi um pouco aterrorizante, já que o aplicativo jogou mais pop up tentando me fazer voltar com a assinatura na minha cara do que na época que eu baixava episódios rmvb de anime em sites tipo mega upload. Alguns meses depois ainda resolveram colocar limites de notas e cadernos nesse plano.

    Simplesmente não tinha mais como continuar usando o Elefante. Uma pena.

    A escolha do Obsidian

    Durante esse tempo de desconfiança do Evernote, fui testando algumas alternativas. Tinha testado o Joplin no trabalho um tempo atrás, mas senti que faltava alguma coisa e acabei desistindo. Testei o Notion também usando coisas do trabalho e gostei do jeito que algumas coisas funcionavam, mas ao mesmo tempo me sentia muito travado em outras.

    E foi aí que encontrei o Obsidian. Um aplicativo de anotações que é baseado em arquivos de texto normais e dava bastante ênfase na relação de um arquivo com o outro. As anotações pertencem a mim e são armazenadas nos meus equipamentos, além de fazer isso tudo de forma totalmente gratuita. Outro fator que contou muito foi a possibilidade de ampliar os recursos com plugins feitos tanto pelos desenvolvedores quanto pela comunidade.

    Dessa vez não comecei com coisas de trabalho e sim com anotações sobre as minhas gatinhas (será que foi isso que fez eu gostar mais?). Depois comecei a explorar a funcionalidade de Nota Diária, e aproveitei para fazer uma espécie de diário. Finalmente descobri os plugins de Lista de Tarefas e consegui formar meu sistema de organização exatamente da forma que sempre quis e nem sabia.

    Agora assisto todos os vídeos que aparecem na minha frente sobre a ferramenta, já configurei formas de sincronia entre meus dispositivos e tive até ideias de fazer vídeos explicando como está minha organização (nunca fiz vídeos, não aguardem e nem me cobrem).

    Mudança do Feedly para o Reader

    Sim, sou órgão do Google Reader, mas com o fim do serviço migrei para o Feedly e estava satisfeito por lá (menos quando ele sumia com alguns textos não lidos). Utilizava a versão web no computador e o aplicativo no meu celular.

    Encontrei então a dupla Readwise/Reader e cometi o erro de fazer o teste grátis de 1 mês. Ficou muito difícil não querer assinar depois de começar a usar.

    O Readwise é um serviço que serve para você armazenar os destaques que você faz das coisas que lê. Seu uso mais comum é a sincronia com o Kindle e com isso você tem todos seus destaques e anotações feitas durante a leitura separado por livro de forma automatizada. Além disso, ele também costuma te mostrar todos os dias um certo número de destaques para você analisar e se lembrar de coisas importantes.

    Já o Reader é nada mais, nada menos que uma espécie de Read it Later (tipo o Pocket ou Instapaper) que te permite também fazer destaques nos textos, mas que possui um leitor RSS embutido com as mesmas funções. Então eu posso já destacar coisas nos textos dos feeds que acompanho, além de funcionar também para vídeos no youtube, ter função de leitura e resumos de artigos. Tudo isso sincronizado com o Readwise. Facilita muito a vida desse internauta que vós fala!

    O preço dele é bem acima do que estava disposto a pagar, consegui chorar um desconto por ser Brasileiro e vamos ver até quando vou conseguir ser assinante.

    Outros

    Escova de dentes elétrica

    Eu sei que eu estou falando das coisas que geralmente estão na minha mesa, mas essa foi uma das compras que fiz ano passado que mais me surpreendeu. Comprei uma escova de dentes elétrica achando que seria a coisa mais inútil que já comprei, mas tenho que dizer que estou muito satisfeito.

    Sinto os dentes bem mais limpos do que usando a escova normal e tenho conseguido manter o tártaro sob controle.

    A ironia de tudo é que geralmente quando estou com pressa/preguiça acabo optando por escovar da forma tradicional, diferente do que o senso comum me fez pensar que aconteceria.

    A minha é do modelo Oral-B Pro 2000, mas acho que o sensor de pressão dela é totalmente desnecessário. Recomendo economizar uns reais e pegar o modelo mais simples com bateria.

    Garrafa térmica Contigo (está na foto da mesa)

    Lembro de desejar essa garrafa (ou algum modelo parecido) desde meados de 2010 quando o Lifehacker ficava falando de promoções da “Melhor garrafa térmica”. Cheguei a calcular formas e custos de importação na época, mas ficava muito mais caro do que deveria ser uma garrafa.

    Mais de 10 anos e algumas pedras no rim depois, estava de bobeira com a minha garrafa não ideal da vez (já comprei várias nessa busca pela garrafa perfeita) navegando na web quando achei essa maravilha sendo vendida no Brasil e em promoção.

    Comprei na hora e que alegria é ter ela comigo! Não transpira com a temperatura, não vaza e mantém minha água geladinha por cerca de 18h.

    Sim, ela é um pouco grande (tem 1L) e pesada, mas super recomendo.

    O modelo dela é: Contigo AUTOSEAL® Cortland Chill Fit 2.0 946ml


  • Alien Awards 2023

    Filmes

    Assisti um total de 59 filmes durante o ano. Foi um ano com muitos filmes bons e vários deles acabaram ficando de fora. Teve Top Gun, filme do Mario, Bottoms (Clube da Luta para Meninas), John Wick 4. Ok, vou parar de burlar as regras e dizer os vencedores.

    Ilustração com os posteres dos 3 filmes indicados. O nome dos mesmos estão descritos abaixo.

    • Marte Um: Deivinho é carismático demais da conta
    • A Criada (The Handmaiden): Plot twist do plot twist. Estava na minha lista “Para assistir” já tinha tempo e não decepcionou.
    • Mariguella: Sempre que vejo algum fato do Brasil fico espantando que tudo que já aconteceu no país faz tão pouco tempo, é tudo como se tivesse acontecido ontem. Nossa história tem que continuar sendo contada e não apagada como é nosso costume.

    Livros

    Mantive a mesma meta de ler 12 livros no ano, mas dessa vez foi uma decepção total. Terminei de ler exatamente 3 livros e foi o que deu para indicar aqui. Comecei alguns interessantes durante o ano, mas como não terminei provavelmente aparecerão por aqui em 2024.

    Ilustração com as capas dos 3 livors indicados. O nome dos mesmos estão descritos abaixo.

    • Não tão branca - Jessie Redmon Fauset: É um livro que as vezes parecia tão próximo de coisas que acontecem atualmente e ao mesmo tempo te faz pensar no horror de coisas que aconteciam a não muito tempo atrás.
    • Confinada - Leandro Assis e Triscila Oliveira: Li quase todo o quadrinho no Twitter durante a pandemia e acabei comprando o livro na Bienal do Livro do RJ agora em 2023.

      Retrato da nossa sociedade em um dos maiores desafios enfrentados recentemente, a pandemia. Difícil não reconhecer várias das cenas presentes no quadrinho e impossível não se indignar durante a leitura.

    • Mira na Independência Financeira - Eduardo Mira: Este livro está aqui mais pela falta de concorrentes, li durante uma viagem de ônibus quando fui visitar meu pai.

      O livro conta a história do Mira, um dos grandes influenciadores e professores de finanças do país, rumo a sua independência financeira e aproveita o caminho para explicar o básico sobre o mercado financeiro. É interessante para quem se interessa pelo Mira, mas acredito que a maioria dessas pessoas já esteja envolvida com o mercado de certa maneira, o que faz as explicações sobre esse mundo muito básicas.

    Jogos

    Ao contrário dos livros, foi uma ano muito bom para os jogos. Consegui terminar 16 jogos em 2023, a maior quantidade de jogos finalizados desde que comecei a contar (meados de 2017)

    Ilustração com as capas dos 3 jogos indicados. O nome dos mesmos estão descritos abaixo.

    • Kaze and the Wild Masks
    • Box Boy!: Jogo lançado para o Nintendo 3DS. É um jogo de puzzle em que temos que levar o personagem, que é um quadrado, do ponto A ao ponto B de várias fases. E que joguinho mais simpático e com belos desafios. Muito feliz de ter resolvido dar uma chance.
    • Might & Magic: Clash of Heroes: Depois de ter tirado a poeira do meu 3DS com o Box Boy! Resolvi jogar um jogo de Nintendo DS nele. É um jogo de estratégia por turnos com toques de RPG e que utiliza bem as 2 telas do console para dividir os campos de batalha. Devo fazer um texto em breve falando mais sobre ele.

    Menção honrosa:

    • Spiritfarer: Jogo lindo demais com uma história bem intimista e ainda tem um gatinho mágico que te segue por todos os cantos. Acabou ficando de fora porque achei mais longo que o necessário.

    Álbuns musicais

    Em 2023 eu acabei não conseguindo escutar tanta música, principalmente pelo fato de ter voltado a escutar podcasts. Mas foi um ano em que tive a oportunidade de ir a bastante shows e muitos deles gratuitos ou a preços populares.

    Ilustração com as capas dos 3 álbuns indicados. O nome dos mesmos estão descritos abaixo.

    • ONE MORE TIME… - blink-182: O ano começou com a decepção relativa ao cancelamento do show que a banda faria pela primeira vez no país (que inclusive precisei pedir estorno). Mas esse novo álbum resgatou todo o crédito que eles tinham comigo. Quer dizer, não o suficiente para eu comprar o ingresso novamente.
    • Movimento Rápido dos Olhos - Rashid: Foi o ano que assisti o primeiro show do Rashid e tive a sorte de ver ainda participação do Marechal e tudo mais. No álbum tem uma música linda com participação da Liniker também!
    • Veroz - Maglore: Mais um fruto da viagem de ônibus da volta da casa do meu pai. O período de lançamento do Veroz me traz muitas lembranças de uma boa época da minha vida. Tempo de ir em shows do Teatro Mágico, Móveis Coloniais de Acaju e tantas outras bandas. Nunca nem escutei outro álbum do Maglore (que me passa a impressão de Los Hermanos sempre que toca uma música nova deles), mas o Veroz tem um espaço guardado na minha biblioteca.

  • Kaze and the Wild Masks

    Imagem

    O que?

    Jogo de plataforma, nos moldes de Donkey Kong Country, com uma carismático coelho como protagonista e desenvolvido por um estúdio brasileiro.

    Sinopse: (Nintendo eShop)

    Junte-se à Kaze nessa incrível jornada inspirada nos maiores clássicos de plataforma dos anos 90. Quando uma terrível maldição cai sobre Crystal Islands, Kaze precisa encontrar as Wild Masks e invocar o poder dos lendários guardiões para enfrentar vegetais enfurecidos e assim salvar seu amigo Hogo.

    Por quê?

    Com uma forte inspiração em Donkey Kong Country, Kaze and The Wild Masks é um excelente jogo de plataforma, com fases e desafios criativos e jogabilidade dinâmica devido aos poderes das máscaras que são necessários para chegar ao fim de certas fases.

    O jogo pode ser bem desafiador em alguns cenários, mas no geral é bem tranquilo e você sente que vai melhorando a cada nova tentativa. Tanto que consegui 100% nele, coisa bem rara no meu histórico.

    Levei cerca de 8:30h para chegar ao final do game, o que é o tempo ideal de duração de um jogo pro meu gosto. Geralmente com essa duração antes de chegarmos ao ponto de enjoar ainda estamos recebendo novas mecânicas e nos divertindo.

    O jogo foi produzido pelo estúdio brasileiro PixelHive e recomendo sem dúvida nenhuma a quem gosta de desafios de plataforma. A única coisa que gostaria que fosse mais trabalhada é a narrativa, que apesar de apresentar belíssimas animações e ilustrações acaba sendo um pouco rasa.

    Joguei no Nintendo Switch